
O objetivo da campanha Setembro Vermelho é alertar os donos dos pets sobre a prevenção e o tratamento das doenças cardíacas nos animais.
Você sabia que o diagnóstico de doenças cardíacas em cães e gatos tem se tornado cada vez mais frequente? Estima-se que 35% dos cães acima de 8 anos possuem algum grau de doença cardíaca.
Infelizmente, muitos destes diagnósticos são feitos tardiamente, quando a doença se encontra em estágio avançado. Por conta disso, o animal passa a ter uma menor qualidade de vida e menor sobrevida.
É importante ressaltar que as doenças cardíacas não possuem cura e são quase sempre progressivas. Entretanto, o diagnóstico precoce é essencial para que o animal responda melhor ao tratamento e tenha uma qualidade de vida melhor por mais tempo.
As doenças cardíacas nos cães
Existem três doenças que acometem os cães com maior frequência. São elas: Insuficiência da Valva Mitral, Cardiomiopatia e Dirofilariose.
Insuficiência da Valva Mitral:
Essa doença representa mais de 70% dos problemas cardíacos em cães, sendo mais comum nos cães de pequeno porte. Os sinais mais comuns são tosse, fraqueza e dificuldade respiratória.
Cardiomiopatia:
A Cardiomiopatia também é uma grande responsável por problemas cardíacos nos cães, acometendo principalmente os animais de grande porte. Fraqueza e desmaio são os sinais mais comuns, porém, o animal pode ter morte súbita por arritmias cardíacas.
Dirofilariose:
Conhecida comumente como verme do coração, é uma doença parasitária transmitida pela picada de mosquito. Ela é mais comum em regiões litorâneas e pode ser prevenida através da administração mensal de um antiparasitário específico.
As doenças cardíacas nos gatos:
São duas doenças as mais comuns que são responsáveis por atrapalhar a vida dos pequenos gatinhos.
Cardiomiopatia Hipertrófica:
Essa é uma doença silenciosa na maioria das vezes e provoca um espessamento exagerado na musculatura do coração. Alguns animais podem ter insuficiência cardíaca e/ou apresentar quadros de trombose principalmente nas pernas traseiras.
Edema pulmonar:
Diferentemente dos humanos, os gatos e até os cães raramente sofrem infarto. Entretanto, eles estão sujeitos ao acúmulo de água no pulmão – o edema pulmonar – e à formação de trombos, arritmias e parada cardíaca.
O que é importante saber?
Para um diagnóstico precoce da doença cardíaca em cães e gatos, é muito importante prestar atenção em algumas ações do animal.
Saber o histórico familiar do animal é extremamente necessário. Caso a família já tenha apresentado algum problema cardíaco no passado, é possível que o seu pet também desenvolva uma enfermidade semelhante. Por isso, além desse conhecimento, todo dono deve levar o animal periodicamente ao veterinário para exame clínico de rotina.
Como essa doença tende a aparecer com mais força nos animais com idade avançada, é muito importante realizar uma avaliação cardíaca em animais acima de 7 anos de idade, especialmente o ecocardiograma e o eletrocardiograma.
Alguns sinais no dia a dia também devem ser levados em consideração, principalmente se forem frequentes. A intolerância a exercícios, tosse seca, dificuldade para respirar, fraqueza, tontura, desmaio, convulsões, língua arroxeada, falta de apetite e perda de peso são os indícios mais alarmantes.
Portanto, é importante prestar atenção nos sinais e, em caso do seu animal apresentar algum problema, procurar um médico o quanto o antes. Apesar das doenças cardíacas não terem cura, o tratamento é essencial para proporcionar uma vida mais digna ao animal.